quarta-feira, 29 de abril de 2015

Ângela Guimarães é a nova coordenadora do Plano Juventude Viva

publicado: juventude.gov.br

O Plano Juventude Viva possui agora uma nova coordenadora: Ângela Guimarães, que exerce também a função de Secretária-Adjunta da Secretaria Nacional de Juventude. Ângela é licenciada em Sociologia pela Universidade Federal da Bahia e iniciou sua trajetória política no movimento estudantil em Salvador.
De 2001 a 2010, fez parte das direções estadual e nacional da União da Juventude Socialista (UJS) e União de Negros Pela Igualdade (UNEGRO), onde protagonizou as lutas contra os aumentos de tarifas e pela aprovação das cotas raciais nas universidades públicas.
Desde 2007, integra o Conselho Nacional de Juventude, do qual é a atual presidenta, e no período 2008-2010 fez parte da primeira gestão do Conselho de Juventude da Bahia.
Na Secretaria Nacional de Juventude, coordenou o processo de construção da 2ª Conferencia Nacional de Juventude como Secretária-Adjunta e agora inicia a coordenação do Plano Juventude Viva, em sua segunda fase.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Ogum! Dentre os Fortes o mais Forte.

Ogum(Zeca Pagodinho)
Eu sou descendente Zulu
Sou um soldado de Ogum
Um devoto dessa imensa legião de Jorge
Eu sincretizado na fé
Sou carregado de axé
E protegido por um cavaleiro nobre

Sim vou à igreja festejar meu protetor
E agradecer por eu ser mais um vencedor
Nas lutas nas batalhas
Sim vou ao terreiro pra bater o meu tambor
Bato cabeça firmo ponto sim senhor
Eu canto pra Ogum
Ogum
Um guerreiro valente que cuida da gente que sofre demais

Ogum
Ele vem de aruanda ele vence demanda de gente que faz
Ogum
Cavaleiro do céu escudeiro fiel mensageiro da paz
Ogum
Ele nunca balança ele pega na lança ele mata o dragão
Ogum
É quem da confiança pra uma criança virar um leão
Ogum
É um mar de esperança que traz abonança pro meu coração
Deus adiante paz e guia
Encomendo-me a Deus e a virgem Maria minha mãe ..
Os doze apóstolos meus irmãos
Andarei nesse dia nessa noite
Com meu corpo cercado vigiado e protegido
Pelas as armas de são Jorge
São Jorge sentou praça praça na cavalaria
Eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia
Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Para que meus inimigos tendo pé não me alcancem
Tendo mãos não me pegue não me toquem
Tendo olhos não me enxerguem
E nem em pensamento eles possam ter para me fazerem mal
Armas de fogo o meu corpo não alcançara
Facas e lanças se quebrem se o meu corpo tocar
Cordas e correntes se arrebentem se ao meu corpo amarrar
Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Jorge é da Capadócia.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Irrelevante Notícia: dois pesos, duas medidas face a cor da pele no esporte.


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por: Denis Denilto*
O racismo institucional dentro de uma certa imprensa brasileira, chega a ser mais que nefasto, chega a ser nefasto/fascista. Face a forma como se utiliza de níveis de importância para noticiar, expor, explicitar, ou comentar um acontecimento. Você tem três grandes acontecimentos desportistas no domingo, mas que por conta da cor da pele de seus atores, a imprensa brasileira declara tais conquistas como "irrelevantes". Isto porque, esta imprensa, insiste em noticiar o que convêm aos seus pseudos-iguais, afirmando utilizar-se da "isonomia", da "imparcialidade" no cobrimento da notícia como “ela é”. E o que se vê notoriamente  é um  texto, uma imagem, uma notícia mórbida, impregnada de parcialidade e de intenções que beneficiam visivelmente uns acontecimentos e marginalizam radicalmente outros. Modifica-se com um texto todo contexto mediante a  quem se está representando.
 Primeiro, a tenista pernambucana Teliana Pereira,  quebra um jejum de 27 anos no tênis feminino brasileiro ao vencer o WTA em Bogotá. E um colunista "famoso", se atem em comentar que esta jovem vendia rifas no passado. Referindo-se a origem humilde da tenista, sem sequer explicitar seu valoroso mérito, ser a  tenista número 1 do Brasil. Defina-se o trato, modifica-se a notícia de acordo com a tonalidade da epiderme do sujeito. Tivemos também, o homem mais veloz do mundo, o jamaicano, Usain Bolt, vencendo o desafio contra três velocistas, no jockey clube, no Rio de janeiro, a expectativa era que Usain quebrasse o próprio recorde mundial na prova. Mas isso também foi tido como irrelevante pela imprensa. Por fim, o inglês, Lewis Hamilton, que lidera a fórmula 1, venceu a terceira de quatro corridas da temporada e teve seu feito reduzido a pequenas chamadas, sem imagens da grande imprensa brasileira:" Hamilton vence a terceira no Bahrein". Esta promoção de irrelevâncias escancara a institucionalização do racismo por parte também da imprensa neste país.  Ao que parece, quanto mais escura for a cor da pele, menor relevância se dá a notícia, mesmo que, em contexto global, seja uma grande pauta noticiar o acontecido. Esta imprensa, tenta impregnar um regime de casta por meio de imagens seletivas que explicitam desgraças e apagam conquistas quando se trata de publicar atos realizados por pessoas negras. Evidente que pairam grandes dúvidas a respeito da qualidade desta imprensa no julgo de uma parte da imprensa internacional. Mas com certeza este posicionamento parcial da imprensa brasileira, também serve para nos alertar sobre a veracidade dos fatos narrados. A quem serve? Para que serve? E qual a intenção desta “não notícia”? Enquanto que, nos desafia a forjar e a procurar uma imprensa que tenha capacidade de mostrar nosso verdadeiro rosto e não de escondê-lo.   
                                                     

 *Denis Denilto -
filósofo, presidente do Conselho de Política Étnico-Racial de Curitiba,   presidente da Unegro/Paraná

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Perto do fim da escravidão, 60% dos negros trazidos ao país eram crianças

Ilustração de 1835 mostra o porão de um navio negreiro. Estima-se que mais de 660 mil africanos escravizados morreram no caminho entre a África e o Brasil Ilustração de 1835 mostra o porão de um navio negreiro. Estima-se que mais de 660 mil africanos escravizados morreram no caminho entre a África e o Brasil
publicado:uol.com.br

Brasil e Portugal estão no topo de um ranking que não traz nenhum motivo de orgulho: os dois países são os maiores protagonistas do site Slave Voyages (em inglês, viagens escravas), onde estão catalogadas 29 mil travessias transatlânticas, que carregaram 9 milhões de escravos. No total, barcos com bandeira de Portugal/ Brasil chegaram a transportar 5, 8 milhões de escravos. Em segundo lugar no número de escravos comercializado para a América, está a Grã-Bretanha, com 3,3 milhões de escravos, especialmente com destino à Jamaica.

A Comissão da Verdade da Escravidão Negra da OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil) abre os trabalhos nesta segunda-feira (10) e já pediu ao Consulado dos EUA auxílio para trazer ao Brasil nos próximos meses os pesquisadores responsáveis pelo site.

Os números mostram que houve um forte aumento na quantidade de escravos jovens negociados nos últimos anos da escravidão no Brasil, justamente quando as leis abolicionistas se recrudesceram. Nos duzentos anos anteriores a 1841, por exemplo, a proporção de crianças nos navios negreiros foi de 7,6%. Só nos últimos 15 anos deste período, o índice saltou para 59,5%. 

"No período ilegal do tráfico (a partir de 1831), era mais fácil para o traficante deslocar uma grande quantidade de escravos de uma região para outra se fossem crianças, já que havia entre elas menor resistência à escravidão", explica o historiador Daniel da Silva, integrante do grupo --ligado à Universidade de Emory, em Atlanta (EUA)-- que conduz o estudo desde a década de 1960.

O banco de dados possibilita novos registros de pesquisadores parceiros. A plataforma está dividida em duas: uma parte expõe os números dos documentos já obtidos; a outra faz projeções por meio de cálculos demográficos. 

A estimativa atual aponta que 45% dos escravos em direção à América vinham ao Brasil. Isso significa 5,5 milhões de negros trazidos à força para o país. Segundo os cálculos, 12% deles não desembarcaram aqui –estima-se que mais de 660 mil morreram antes do fim da viagem.

As principais rotas negreiras também são detalhadas no site. Os escravos comprados no Benim tinham o porto de Salvador como destino mais comum. Da Senegâmbia, saíam os escravos que trabalhariam no ciclo do algodão, noMaranhão. Era alto o índice de rebelião destes africanos --muitos deles, muçulmanos.

Somente no século 19 o porto do Rio de Janeiro torna-se o líder absoluto do continente em escravos desembarcados. A maioria expressiva veio de Luanda. O ano de 1829 foi o de comércio mais intenso no Brasil, com estimativa de 79 mil novos escravos. A remo e a vela, o bergatim tornou-se o tipo de embarcação que mais trouxe africanos ao país. O estudo ainda mostra o sadismo nos nomes de muitos desses barcos, como Caridade, Feliz Destino, Feliz Sociedade e Esperança.

Alguns documentos ajudam os brasileiros a supor como poderiam ser seus próprios nomes não fosse o batismo obrigatório por aqui. Em 1826, Bozo, Tozu, Boya e Dee saíram do Bênin em direção a Salvador. Em 1832, Muamba, Malungo, Goma e Bungu deixaram Luanda rumo ao Rio. "O batismo cristão e a escravidão andam sempre juntos nesta história. Tinha que se batizar o escravo", conta a historiadora Ivana Stolze, da Fundação Casa de Rui Barbosa. 

A fundação, em parceria com a PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica), está traduzindo o estudo para o português e deve disponibilizá-lo em outubro, quando lançar um site próprio sobre Memória da Escravidão e Abolição. "Além do público, a Casa também tem a missão de oferecer material para os professores e, assim, formar pesquisadores", afirma Lúcia Maria Velloso, chefe do Arquivo.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Governo Federal Lança Canal de denúncias de Crimes de Racismos na Internet


Além do conhecido Disque 100, o Disque Direitos Humanos da SDH, agora uma parceria entre a Secretaria de Direitos Humanos, a Secretaria de Políticas para Mulheres, a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Departamento de Polícia Federal e Safernet cria um novo canal de denúncias para crimes online cometidos contra os Direitos Humanos. O mesmo atendimento do Disque 100 agora está disponível na internet, onde o usuário poderá denunciar violações de Direitos Humanos ocorridas dentro e fora da internet.
As denúncias serão encaminhadas de acordo com cada caso para a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, à Ouvidoria de Igualdade Racial e à Ouvidoria da Mulher e, caso haja a comprovação de crime, seguirão aos órgãos competentes de Segurança Pública. Essa é mais uma iniciativa dos órgãos de governo para que a internet se torne, cada dia mais, um ambiente seguro e saudável, como previsto no Marco Civil da Internet, garantindo a segurança de todos os usuários, principalmente crianças e adolescentes, seus principais usuários, e evitando a disseminação de conteúdo preconceituoso e discriminatório.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Denis da Unegro toma posse como Presidente do Conselho de Política Étnico-Racial de Curitiba

publicado: Camara municipal de Curitiba
Presidente do Conselho de Política Étnico-Racial é empossado
O novo presidente do Conselho Municipal de Política Étnico-Racial (Comper), Denis Denilto Laurindo, foi empossado no cargo durante a sessão desta terça-feira (7) da Câmara de Curitiba. Laurindo estará à frente do órgão entre 2015 e 2018 e sucede a gestão de Saul Dorval. O Comper, criado pela lei 11.833/2006, tem o objetivo de “garantir, promover, proteger e defender os direitos humanos da comunidade afrodescendente”. 

Laurindo frisou que 24% da população de Curitiba é afrodescendente e assegurou que o conselho vai continuar lutando pela garantia dos direitos dessa comunidade. “Muitas vezes ficamos em segundo lugar, por isso vamos trabalhar pela equidade no atendimento das políticas públicas e buscar nossa representação nos espaços decisórios da cidade”.

Ainda segundo o presidente, duas das principais bandeiras do Comper serão a criação de um mecanismo de fiscalização de crimes raciais e a criação de cotas raciais nos concursos públicos municipais. “O poder público tem que dar a devida atenção para os afrodescendentes, não só pela sua representação na sociedade, mas pela colaboração destas pessoas para o desenvolvimento socioeconômico de Curitiba”, completou.

Segundo o líder da maioria, vereador Paulo Salamuni (PV), a Câmara não tem faltado no apoio à causa dos negros. “Tivemos uma atitude coerente e corajosa na legislatura passada ao criar o feriado do Dia da Consciência Negra. Foi uma remissão daquilo que esta Casa fez há séculos, quando criou leis discriminatórias à população negra”, explicou, ao lamentar que a data esteja “sub judice”.

Ao deixar o cargo, Saul Dorval entregou ao presidente Ailton Araújo (PSC) relatório das ações realizadas pelo Comper e disse que a “luta foi árdua, mas de conquistas”. Dorval agradeceu o apoio recebido dos vereadores, do Ministério Público do Paraná e do Movimento Negro e reforçou a necessidade da realização das chamadas ações afirmativas que, segundo ele, seriam importantes para o crescimento do país.

Integrantes do Conselho Municipal de Política Étnico-Racial, do Movimento Negro e o Assessor de Direitos Humanos da Prefeitura de Curitiba, Igo Martini, acompanharam a posse. Os vereadores Mestre Pop (PSC) e Dirceu Moreira (PSL) representam o Poder Legislativo no Comper.
Laurindo frisou que 24% da população de Curitiba é afrodescendente e assegurou que o conselho vai continuar lutando pela garantia dos direitos dessa comunidade. (Foto – Andressa Katriny/CMC)

Segundo o líder da maioria, vereador Paulo Salamuni (PV), a Câmara não tem faltado no apoio à causa dos negros. (Foto – Andressa Katriny/CMC)

Ao deixar o cargo, Saul Dorval entregou ao presidente Ailton Araújo (PSC) relatório das ações realizadas pelo Comper e disse que a “luta foi árdua, mas de conquistas”. (Foto – Andressa Katriny/CMC)

Integrantes do Conselho Municipal de Política Étnico-Racial, do Movimento Negro e o Assessor de Direitos Humanos da Prefeitura de Curitiba, Igo Martini, acompanharam a posse. (Foto – Andressa Katriny/CMC)

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Encontro internacional de graffiti: arte de rua deixa sua marca em Curitiba

publicado: fundação cultural de Curitiba

Curitiba recebe, entre os dias 10 e 12 de abril (sexta-feira a domingo), a quarta edição do STREET OF STYLES – ENCONTRO INTERNACIONAL DE GRAFFITI. O evento é apoiado pela Fundação Cultural de Curitiba e reúne cerca de 250 escritores de graffiti de 16 estados brasileiros e 16 países. Eles participam de palestras, workshops e intervenções nos bairros da cidade, entre outras atividades ligadas a esse universo. O evento também promove campeonato de skate, paredão de escalada, batalhas de breaking, batalha de sketch e shows musicais.
O projeto Street of Styles tem como objetivo proporcionar um acesso livre à cultura popular em Curitiba, transformando muros da cidade em galerias de arte a céu aberto. O evento também promove um intenso intercâmbio cultural, além de respeito à cidadania, ao diálogo e à igualdade social.
O Street of Styles é realizado pela Capsula Graffiti e produzido por Michael Devis e Neto Vettorello, junto com uma equipe curadoria que se renova a cada ano.
Workshops - Três oficinas gratuitas, limitadas a 30 vagas cada, serão oferecidas pelo evento. Cada uma será ministrada por um artista diferente. Um deles é TINHO, de São Paulo, um dos pioneiros do graffiti brasileiro – atua desde 1988.
Outro é BIGOD, da Bahia, envolvido com arte de rua desde 1998. O artista e ativista ACME, do Rio de Janeiro, ministra a outra oficina. Ele já expôs na Europa e em outros países da América Latina. Os workshops acontecem no Portal do Futuro do Bairro Novo.
Música - Além dos encontros e oficinas, o Street of Styles também terá dois palcos instalados, nos quais acontecem duas amostras da cena black music de Curitiba.
Um deles será apresentado pelo movimento I LOV E CWBEATS , no Portal do Futuro do Bairro Novo. Outro fica por conta da BOOMBOX – KEEP IT REAL, no CAIC Bairro Novo (Escola Guilherme Lacerda Braga Sobrinho).

STREET OF STYLES - ENCONTRO INTERNACIONAL DE GRAFFITI
Data: 10 a 12 de abril (sexta-feira a domingo)
Locais: Portal do Futuro Bairro Novo (Rua Marcolina Caetana Chaves, 150, Sítio Cercado) | CAIC Bairro Novo – Escola Guilherme Lacerda Braga Sobrinho (Rua Pastor Waldomiro Bileski, 71, Sítio Cercado) 
Informações:streetofstyles.com